sábado, 23 de junho de 2007

Experimentos de Inverno

Será que as respostas do tempo são realmente seguras? Essa dúvida às vezes é capaz de paralisar o mais feroz guerreiro. Dúvidas que são a matéria prima do tempo que cisma em passar quando não se tem a certeza do que se precisa. Esse é o problema da dúvida, não por ela mesma, mas por suas conseqüências e amigos inseparáveis. O tempo e o erro. O tempo aquele vizinho que coloca aquela música mais inoportuna no momento mais inesperado, à noite, e principalmente, bem tarde. Além disso, nem sequer te convida. Assim te obriga a caminhar pra lá e pra cá martelando a batida na sua cabeça, que se torna grande como um balão doido pra voar. O erro te atormenta na possibilidade do ridículo, da insegurança eterna após sua aparição. E você na sua caminhada pela casa pela música alta do vizinho, se encontra no meio do corredor com o medo de um lado, e o tempo do outro. A essa altura estão perdidas todas as possibilidades de se esquivar. Quando você num súbito instinto de sobrevivência tenta fugir e correndo tropeça. E os três se esparramam pelo chão. O erro embolado em suas perna grita e te acusa injustamente e o tempo cai por cima de você e com sua gordura de fastfood e te pressiona e espreme. No meio desse sanduíche, tomado pelo pânico, você grita e é acordado por seu despertador com aquele funk que desce até o chão. Torturado se levanta e vai para o banho. Afinal, seu chefe te espera para apresentação do novo projeto montado por você. Mais e o projeto? Xiiiiiiiiiiii, a dúvida, ele cruel, te levou os dois. E agora e só com você. E a dúvida? Bom, essa será expulsa pelo seu chefe que não tem tempo pra discussões como essa, filosóficas demais.

GDL e M


Será que seremos sempre assim
ora verde, ora azul e de repente amarelo,
sua ciência interna
de meus acontecimentos, me revela
me irrita e incomoda.

Ora, é assim a amizade
que sustentada pelo fio
que tende para um lado
que se traduz manipulador

Não me cerco de sua presença
ela e efêmera e rasa
me arrasa, me assombra
me consola

Seu desejo me perturba o passado
sua presença me acalenta o presente
e seu futuro passou
pela incerteza de mim

Por isso, não me assombre
seu presente foi meu
e seu amor não pertence ao caso
mas ao acaso que me tomou!

sábado, 9 de junho de 2007

Del mar

E assim, eu sei
Não posso te culpar pelo que me acomete
Se me fere a certeza ou duvida
Só o tempo e responsável pela resposta

Só sei que o buraco deixado por sua ausência
Machuca e sem ao menos conhecer ti
Você se esconde na clareza da brisa
E sem apoio eu padeço
A sua espera....

Não sei se resistirei à tamanha conseqüência
Pois sua voz desconhecida me guia
E não sei até onde irei nesse mar de incertezas
Pois a vida assim é limitada

Não tenho mais tempo
Minha voz e meu coração sucumbem
Em sua espera secular
Sua ausência me ocupa todo o tempo
E eu, eu sei que espero mas.........

sábado, 2 de junho de 2007

Primeiros Momentos...


Ah sei lá... mas quem sabe

Foi pensando no amor que descontrui tudo

não bastava o sorriso

também não bastava o calor

mas apenas seu sim

sim ples

sim...


Mas meu tempo é assim

como sorriso de monalisa

tempo sincero e calmo

mas inesparado de mim.


Se não pode me acalmar

não me aparece no inexistente

despeja em nós as descontruções

de um desinvento amoroso

e findo nele.....