Gosto mais daquilo que não existe! Eh verdade, as coisas que ainda não aconteceram ou que tem certo suspense movimentam, dispertam e provocam. É uma coisa que vem de dentro. Todos nós já ouvimos alguém dizer que esperar pela festa, às vezes, pode ser melhor que a própria festa. Da mesma forma, objetos, pessoas e situações que não tem nome, possuem um brilho maior, uma espécie de "plus". Imagine a cena: Você caminhando pela rua e encontra com aquela pessoa. Você tem a certeza absoluta que é o amor da sua vida. Mas você não sabe nada daquela pessoa. Nem ao menos o nome. Diante de tal certeza seus planos com a pessoa são construidos em sua mente. Mas como o nome daquele ser completo de beleza e formosura você ainda não conhece, sua referência ao lembrar da figura, pode utilizar de inúmeras possibilidades. Agora pense em um segundo momento dessa experiencia. Você conhece a pessoa e descobre seu nome. Com isso, apresenta-se a primeira perda. O amor da sua vida foi reduzido a um nome. Maria, Camila, Fernanda, João, Mateus...Depois disso, aquela situação toda imaginada em todos os detalhes, começa a desaparecer com o peso da realidade. Domingos no parque, são substituidos por mau humor, trabalho, impossibilidades e etc. É como se a vida trouxesse a dureza da realidade. Bom, apesar disso, não quero incentivar amores platônicos, o aprisionamento de idéias. Isso é apenas uma observação. Afinal, precisamos colocar em prática nossos sonhos, metas e vivências no mundo real. Mas faço apenas um convite. Preste atenção como a realidade apesar de importante distorce o imaginário. Esse texto por exemplo, na minha cabeça era bem melhor. Mas enfim, fazer o quê.