sexta-feira, 25 de junho de 2010

Datas da Memória

Há um ano o maior cantor pop dos últimos tempos morria. Isso, sem dúvida, é um fato marcante. Mas, não vou ficar aqui dizendo sobre a importância ou influência de Michael Jackson, na música e no cotidiano das pessoas. Minha reflexão será em outra direção. A referência que eu vou usar é apenas o dia da morte. O momento que todos nós recebemos a notícia.

No meu caso, estava no Galpão Cine Horto, participando do curso de jornalismo cultural. Comigo, três das jornalistas mais entendidas do assunto em Minas, e no Brasil: Carolina Braga, Ana Paula Valois e Soraia Belusi. Me lembro perfeitamente, da Carol entrando "desesperada" pela sala e falando " O Michael Jackson morreu!". Ficamos com uma sensação que misturava descredito e curiosidade. Não tinhamos nenhuma TV por perto. Me lembro ainda, que a Carol teve que sair as pressas para produzir os especiais e a cobertura da Rádio Guarani FM, onde ela é jornalista.

Impressionante, como grandes momentos ou tragédias tem o poder de paralisar e, de certa forma, eternizar momentos. Sou capaz de descrever todos os detalhes que rotina deste dia. Que é, sem dúvida, um dia histórico. Da mesma forma, tenho bem registrado na memória a minha manhã do dia 11 de Setembro de 2001. Este, que também se tornou, quase um acontecimento da cultura pop, devido a forma "cinematográfica" como ele foi produzido. Até hoje, ao rever as imagens, ainda fica no inconsciente a pergunta, será que é verdade?

Por fim, o "interessante" é pensar o poder que as tragédias tem de fixar datas e situações, que estão além das consequências naturais das catástrofes. Com isso, passam a ser elementos inculturados as lembranças das sociedades.

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